Imaginem que você é um porquinho (não porque você é gordinha), o seu coração é a casa e os homens são o lobo mau (vamos evitar pensar em fantasias sexuais nesse momento). Aí você está lá, vivendo sua vida com o seu coração de palha quando aparece um lobo mau. A princípio ele nem te atrai, ele é magro ou gordo demais, tem conversas sem sal e as vezes é meio idiota, mas um belo dia ele decide te chamar para sair. Imediatamente você pensa: "Acho que não filho...". Então ele insiste, blablabla, fala que vai pagar e pronto! A solidão está gritando enlouquecida e você aceita. GRANDE ERRO!
A solidão não é exatamente sábia e tanto o seu cérebro como o coração acharam aquele cara "uó". E lá está você, com lápis no olho e o cabelo limpo em um encontro com aquele imbecil tentando ignorar as coisas idiotas que ele fala e faz. E isso se repete até o seu coração amolecer e você começar a curtir o cara. Quando, não tão inesperadamente ele começa "Vou inchar e vou soprar..." e seu coração de palha vai pelos ares, durante o banho e com o shampoo no cabelo (é o mesmo sentimento quando falta luz ou o chuveiro elétrico quebra durante o banho).
Depois disso você reconstrói seu coração com madeira. Corta a árvore, serra, lixa, prega e pinta. Está uma belezinha. E vai fazer suas coisas, quando de repente: Toc! Toc! - Quem é? - Sou eu, o pai dos seus filhos.
Não vou mentir pra vocês, os genes desses caras não costumam ser uma maravilha, mas de repente a sua solidão decidiu fazer uma aliança com o seu relógio biológico e agora os seus ovários também tem voz. E você se joga. No fim você descobre que como se o lobo mau mentir não fosse ruim o suficiente, você mentia para si mesma porque tinha preguiça de terminar e começar tudo de novo com outra pessoa. E um incêndio, provocado por uma chapinha (talvez literalmente) destrói o seu coração de madeira.
Por enquanto eu estou reconstruindo meu coração de tijolo, teremos que aguardar os próximos episódios quando aparecer um novo lobo mau.
No vídeo abaixo, prestem muita atenção no minuto 8:04!