terça-feira, 27 de julho de 2010

It's never over.

Entrevista da Rihanna com a Diane Sawyer sobre a agressão que ela sofreu:






quinta-feira, 22 de julho de 2010

Escolha sempre a colorida.

Estagnada, sem produção, sem oração e sem coração.
Deitada ao som de algumas palavras de bons e baixos cantores, refleti sobre o que não foi, o que não surgiu, o que não se concretizou,
o que não perdurou, o que falhou, ou entusiasmou, mas não levou.
Choro, compulsivamente, porque, noto, todo um inicio de uma vida que já entortou, encaminhou mancando.
Enxergo duas blusas coloridas, e uma bem escura, esta última se sobrepõe as outras.
Mas escolho, as outras duas e as visto ao mesmo tempo, parecendo-me mais intenso e sonoro. Adequado.
Preciso sair assim, as pessoas ainda exigem de mim um reluzente. sorriso, trejeitos eufóricos, palavras divertidas e brincadeiras.
O que mesmo eu vou fazer com a escura?

terça-feira, 20 de julho de 2010

Numerologia

9 horas sem ligar o computador
20 páginas lidas de um livro
3 voltas no Parque
1 fatia apenas de bolo de chocolate
1 almoço de comida de verdade e não pão
1 fatia de pizza porque ninguém é de ferro.
1 carta do cursinho avisando início das aulas e palestra.
1 episódio no de True Blood


Probabilidade do dia de amanhã ser ainda mais produtivo: 78%.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Já senti saudade...

...but not anymore!


Acho que pela primeira vez em muito tempo eu posso dizer com convicção que não tem nenhuma "saudade" me atormentando. Exceto o saudosismo em relação aos tempos de escola. Mas em relação a tudo que já aconteceu na minha vida e as pessoas que passaram por ela e me machucaram ou que eu machuquei, existe um sentimento pleno de paz. Estou trilhando o meu caminho com algumas pessoas do meu lado, confiando que elas trouxeram suas bússolas, os remédios e a ração humana. Quem não está aqui no grupo é porque não deveria estar mesmo e não me vem a cabeça os "e se", cada um cumpriu o seu papel na história e sou muito grata por isso mas acabou, o enredo é outro e o seu núcleo se desmanchou. 

Parece que os fantasmas foram exorcizados. Às minhas ex melhores amigas: um grande abraço cheio de estima e carinho, não importa o motivo do fim da amizade, falsidade, prostituição, superficialidade, sumiço e afins, não importa! Vocês todas foram extremamente importantes na minha vida, e as amei assim como me amaram, mas todos nós passamos por mudanças constantes e diárias e acabamos ficando muito diferentes para continuarmos o caminho juntas. Está aqui ó, pega esse casaco. Não, tudo bem, eu tenho outro na mala. Você está bem de comida e água? Olha, eu te amo viu. Se cuida. Cuidado onde pisa. Adeus [aceno de mão]. 

Hummmm. Vou virar aqui.

Idem para meus ex namorados, ex amigos de sociedade secreta (gays enrustidos ou não), ex colegas da 6ª série, ex colegas de trabalho, entre outras pessoas que passam pela nossa vida e nos marcam de forma negativa, aquele abraço. Porque o ontem fica cada vez mais no passado e é o amanhã que eu almejo. 

E o meu poema preferido, que está sempre na minha cabeça quando eu preciso de força pra superar.

POEMINHO DO CONTRA

Todos estes que aí estão
Atravancando o meu caminho,
Eles passarão.
Eu passarinho!

Mario Quintana

sábado, 17 de julho de 2010

Conversa com a tia-avó

- Eu acho a Contigo! uma revista muito boa.
- É mesmo? Por quê?
- Você não trabalha lá?
- Não.
- Ah, bem, mas eu gosto da Contigo!. É uma revista muito boa.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Conversa entre mãe e filha

- Você pode me passar o endereço?
- Marcela! Google!
- Nossa, você não ajuda em nada mesmo, né?
- Você é inacreditável!
- Obrigada.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

É só isso

Não tem mais jeito
Acabou, boa sorte

Não tenho o que dizer
São só palavras
E o que eu sinto
Não mudará

Tudo o que quer me dar
É demais
É pesado
Não há paz

Tudo o que quer de mim
Irreais
Expectativas
Desleais

Conversa entre pai e filha

- Quando você era criança, dizia que as pessoas ficavam cada vez mais idiotas ao envelhecerem.
- Hahaha, sério?
- É. Você ainda concorda?
- Sim! É verdade!
- Não é incrível como você era esperta com aquela idade?
- Hahaha! É! Eu me tornei uma idiota!
- Todos nós, eu acho.

terça-feira, 13 de julho de 2010

O bloqueio

consiste em uma parede de tijolos terracota unidos por uma argamassa espessa e indefectível. Estico um pouco a mão e posso tocá-lo. Com um pouco mais de força, áspero, machuca meus dedos. É real.

Nada vejo. No entanto, não tiro a venda preta. Não ouso. Uma leve brisa brinca ignorante no único espaço de travessia. Apertado, rente ao meu encaixe, ele me aguarda.

Sei mais ou menos aonde ir. Eu sei, eu sei. Eu vou. Daqui a pouco. Agora não, preciso pensar. Tudo para não encontrar os tijolos com gosto de derrota. A boca cheia de terra, muita terra, muita terra, difícil de mastigar, de engolir. Não ouso.

Certa vez segui os ventos e me posicionei na brecha, resoluta. Ergui os braços à procura das bordas e não as encontrei. Elas não existem. Senti a ventania sem barreiras. Entendi. Sentei, abracei as pernas e esperei seu retorno. Não ouso.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Cozinhando a relação

Biografia

Tenho lido várias biografias na internet e me deu vontade de ter uma também. Aqui vai.


Paula nasceu em 19 de agosto de 1987, na cidade de Recife - PE. Aos dois anos de idade sua família se mudou para o Rio de Janeiro (Corte), onde ficaria até seus incompletos 10 anos quando se mudou para São Paulo. Desde pequena possuía uma criatividade fora do comum. Seus talentos consistiam em artes plásticas, dança, gastronomia, engenharia e literatura. Organizava festivais de dança onde além de se apresentar com coreografias de sua autoria, recebia os convidados e servia cafés e chás imaginários, em mini xícaras pink, entre uma performance e outra. Aos 7 anos de idade, enquanto trabalhava como secretária para um chefe imaginário, desenvolveu uma máquina cheia de botões que a auxiliava nas atividades da empresa. Essa invenção deixou seu pai tão impressionado que proferiu a seguinte frase "Paula vai ser arquiteta, olha como é criativa". Paula não entendeu muito bem o que aquilo queria dizer, imaginou se teria que ficar desenhando botões em caixas de sapato pelo resto da vida. Outro talento era para o xadrez, era uma excelente jogadora nata, sempre ganhava as partidas que disputava com seu avô. Nata porque suas decisões de jogo eram totalmente instintivas e sempre as levavam para a vitória. Suspeita-se que é um conhecimento que seu espírito armazenou de vidas passadas. Como vocês podem imaginar o mundo não é o lugar ideal para uma criança prodígio e durante a adolescência e começo da vida adulta Paula enfrentou diversos obstáculos para expandir sua arte e se encaixar socialmente. Aqui vão os grandes acontecimentos da vida de Paula:

19 anos - Entra e abandona a faculdade de Ciências Sociais
20 anos - Inicia a faculdade de economia
21 anos - Cria junto com sua melhor amiga o blog Cock and Tales
22 anos - Decide se preparar para uma segunda graduação
23 anos - Surta
24 anos - É acolhida e estudada pelo psiquiatra alemão Dr. Krazynutss, especialista em pessoas que tentam ser felizes sem mentir para si mesmas na sociedade capitalista.
26 anos - Recebe alta e vai morar com freiras lésbicas no convento de Santa Clara Clareou. Trabalha com crianças debilitadas com síndrome de esquecimento constante. Suas atividades consistem em plantar feijões em potes de danone e criar chocalhos com arroz e copo descartável. Todos os dias!
29 anos - Ganha o Prêmio Nobel do meio ambiente pois plantou tantos feijões que salvou o mundo do aquecimento global.
33 anos - Morre virgem, com a mesma idade de Cristo. 5 anos depois é canonizada Santa Paula, padroeira dos feijões molhados em algodão plantados em copos de danone. Crianças de 3 a 6 anos peregrinam nos parquinhos da escola pedindo inconscientemente suas bençãos.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Vulgaridade

"O timbre de sua alma é macio. (...) Xingar, alvoroçar, insultar, fustigar com fúria, isto não é peculiar ao seu talento. Daí você compreenderá o meu conselho de não poupar, na revisão, 'filhos de uma cadela', 'cão' e 'matilha de patifes', que se vislumbram aqui e ali nas páginas de Jizn.'"
Tchékhov aconselhando Gorki em Carta e Literatura, de Sophia Angelides

"Na juventude, a vulgaridade parece apenas divertida e insignificante, mas aos poucos ela cerca a pessoa, e como uma névoa cinzenta impregna seu cérebro e seu sangue, como um veneno ou gás tóxico, e o homem torna-se parecido com uma placa de metal carcomida pela ferrugem (...)"
Máximo Gorki em Três Russos e Como Me Tornei Escritor

*Tirados da Vida Simples

"Ele vai bem escondido, só que todo mundo viu...

Ele entrando na farmácia pra tomar bezetacil."


Dor. Fica a dica!

sábado, 3 de julho de 2010

sexta-feira, 2 de julho de 2010

True Blood Mini Episódios

Estou viciada em True Blood!!

Entre a 2º e a 3ª temporada o criador e roteirista da série Alan Ball (Six Feet Under) lançou mini episódios da série. Não contém spoilers, mas é muito legal que mostra situações rotineiras dos personagens, sabe quando a gente fica pensando "o que eles fazem quando não tem um super drama acontecendo?".

Enfim. Vou colocar aqui os mais engraçados

1º Minisode
Acabei de ver o primeiro e achei super engraçado. São os vampiros e sócios do bar vampiresco Fangtasia, Eric e Pam, fazendo testes para achar uma nova dançarina (ou dançarino) para o bar. Aparece uma galera bem nonsense.



6º Minisode

Jason matou um cara para proteger o detetive Andy. E ele começa a rezar pedindo desculpa e tentando se acalmar, mas ele não sabe pra quem direcionar isso. É muito engraçado algumas pessoas que ele pede.

Jo Calderone

Metáforas diárias: Episódio 2. O Banho

17h41. Estela chegava do trabalho após um dia cheio de “pepinos” e um exaustivo tempo no trânsito. Tirava a chave da porta, colocava sua bolsa na mesinha e os sapatos na lateral do sofá. Seguia direto para cozinha, onde tirava as panelas de comida da geladeira acompanhada de suas bolachas recheadas que seguiam automaticamente para sua boca. Apenas duas ou três. Seguiu para o quarto onde tirou suas roupas e as colocou na cadeira. Avistou um espelhou e parou um instante para se observar. Não estava combinando. A calcinha era do tipo corriqueira e confortável, sem intenção de ser vista. O sutiã era chamativo e esbelto. Aumentava em 1/3 seus seios. Ao removê-lo pode vê-los como realmente eram: medianos, separados e de “personalidade própria”, concluiu. No seu todo viu uma mulher de volumes localizados em partes desproporcionais do seu corpo, detalhes que suas roupas muito bem pensadas não a deixavam perceber. Desmarcara a depilação nos últimos dois sábados, por motivos óbvios. Assim de perto não parecia tão mulher, sua maquiagem estava suada e não havia colocado brincos naquela manhã. 17h57. Precisava tomar banho. Se prometeu, então, acordar cedo todos os dias, freqüentar a academia do prédio e marcar finalmente aquela depilação. Entrou no banheiro e ligou o chuveiro, nesse momento escutou a porta da sala se abrir. Lembrou aliviada que as panelas de comida já estavam fora da geladeira. Tirou a calcinha e entrou no chuveiro.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Metáforas diárias: Episódio 1. Não encontro o meu sapato.

Ao amanhecer, faltando 15 minutos para 7 horas o despertador tocou. Georgiana abriu os olhos como se já previsse esse momento. Estava indiferente em relação ao dia que começava. Após um suspiro se desvencilhou das cobertas, pegou uma presilha e prendeu seu cabelo, já em direção ao banheiro. Urinou o chá de maracujá que tomara antes de dormir. Tomava chá porque tinha medo da insônia, não dormir não é mais uma opção.

Indo para cozinha apagou as luzes da sala que permaneceram acessas durante a noite, sua mãe com medo de uma invasão fazia questão de deixá-las assim para que os ladrões pensem que tem gente acordada e atenta em casa. Preparou seu café e foi para o quarto toma-lo. Vestiu suas calças e o sutiã, abriu o guarda-roupa e se deparou com infinitas blusas, umas não lhes inspiravam, outras te deixavam gorda, algumas já não mais cabiam e sobravam aquelas que estavam muito usadas mas que não foram para o cesto de roupas sujas, evitando assustar sua mãe com muitas roupas para lavar. Optou por uma das que lhe deixavam gorda, com um casaco ninguém iria notar. No coração um desejo profundo de que não faça calor. Terminou seu café.

Faltavam os sapatos, pois a bolsa era a de sempre e já estava pronta. Precisava de um que a fizesse sentir bem, bonito e confortável. Sabia exatamente qual era, porém não o encontrava. A sua frente estavam somente seus preciosos belos sapatos que de tão desconfortáveis requeriam uma imaginação e abstração especial para desvirtuar da dor. Incontestavelmente eram lindos, mesmo que a sua maneira, mas há tempos marcavam os seus pés com calos irreversíveis. Despiu as prateleiras, olhou debaixo das mesas e cadeiras e pelos cantos dos quartos. Não o encontrou. Optou pela segunda opção de sapatos, escovou os dentes e ajeitou o cabelo, se maquiaria no caminho. No hall abrindo a porta viu parado e singelo seu desejado sapato, com um grande alivio o calçou e foi embora. 7h46. Estava atrasada.