domingo, 19 de dezembro de 2010

A spoon full of sugar...

... helps de medicine go down.

sábado, 11 de dezembro de 2010

"Scrambled eggs", a versão original de "Yesterday"

O bife à parmegiana é meu e eu o faço como eu quiser


Certa vez, eu tava mudando de canal na TV, à noite, quando parei nesse programa de culinária, que tinha um bife à parmegiana com bacon - começou ela. Desta vez, como em muitas outras, não fazia ideia de onde a analogia nos levaria ou de como ela se relacionaria ao meu problema. No decorrer a história talvez eu descobrisse, mas confesso achar muito mais divertido quando não saco logo de cara onde minha psicóloga quer chegar. E, claro, seria incrível encontrar uma relação de semelhança entre um bife à parmegiana e meu modo de vida.

O chef tava fazendo a receita da mãe dele, continuou ela, não era um bife qualquer. Então ele começou a mostrar os ingredientes, explicar quando cada coisa tinha que ir na frigideira; nessa hora você faz isso, enrola aqui, passa um pouco daquilo, sabe? Então, daí, de repente, ele disse "E agora vocês colocam bacon" e fez uma pausa. Ele olha pra gente e fala "Mas bacon? - você deve estar se perguntando. É, bacon. Eu disse que faria o bife à parmegiana da minha mãe, não um qualquer". Então ele foi cozinhando e contando como as pessoas sempre estranharam o bife da mãe italiana dele e sempre a criticaram "Mas bacon? Bife à parmegiana não leva bacon na receita!", ao que ela ria e respondia "Mi piace" - eu gosto.

Então, Marcela, com tudo isso que a gente conversou hoje, se dar o direito de ter as atitudes que você vem tendo faz sentido, mas só contribui pra te prejudicar. Sabe qual é seu verdadeiro grito de liberdade?

Os poucos horários destinados ao lazer pequeno-burguês? Minha viagem de ano novo? Os ridiculamente rápidos fins de semana?

Hahahahaha, não. Vai, você é uma mulher inteligente e já sabe a resposta dessa.

Bloquear as críticas.

Não é bloquear, mas não deixá-las te afetar. Existe uma diferença aí. Você resolveu se cercar de pessoas tão críticas como sua mãe. Então além de procurar pessoas que te façam bem e te enxerguem como você é, existe essa parte de adaptação a ela e aos parecidos com ela. É saber quando as pessoas estiverem projetando elas mesmas em você e responder às críticas, com a maior tranquilidade, "O bife à parmegiana é meu e eu o faço como eu quiser". Porque mi piace. Essa é a verdadeira liberdade.

Como diria a consagrada banda Natiruts, "liberdade pra dentro da cabeça (fumando um baseado-ú)".

Hahahaha é, é por ai.

Mi piace. Gostei. Daqui pra frente todos os meus bifes serão feitos como eu quiser. Porque eles são meus.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

História do natal digital



"José, temos de falar. Vou estar grávida.
Bjs. responde ASAP."

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Nachos & Escolhas

Ontem eu estava pra baixo então minha mãe decidiu ir no shopping comigo para um passeio. Por algum motivo para ela ver coisas que eu não vou comprar nem tão cedo pareceu uma boa idéia. Enfim, como eu estava com desejo de nachos há mil anos 2 dias a gente eu, porque ela é diabética sentou na praça de alimentação e foi comer. Foi quando eu tomei uma decisão: meu próximo namorado vai ser gordinho! É isso aí! GORDINHO! Deve ser ótimo namorar um gordinho, eles são engraçados e a gente vai poder ir para vários lugares comer e ele não vai ficar com frescura pra cima de mim dizendo "Não, eu não estou com fome." Ninguém está falando de fome amigo, isso parece gostoso e eu quero comer, com fome ou não.

Pois bem, foi isso que eu decidi: gordinhos.

Hoje eu...

Fiz brigadeiro, sozinha.
Próximo passo: arroz.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

À deriva


Boiar. É só o que tenho vontade de fazer no momento.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Projetos, evolução e erros

Eu tenho o hábito de chamar algumas metas da minha vida de projetos, porque é assim que eu as trato. Nomeio, planejo e escolho palavras que sistematize. Esses projetos não são definitivos, às vezes eles perdem o sentido e eu abandono, não por preguiça ou medo, mas porque surgiu um outro projeto ainda melhor para substituí-lo. Eu não me vejo de fora, mas isso faz com que eu sinta que minha vida não está parada ou andando em círculos. Eu sinto como se eu estivesse fazendo algo dela. Eu fracassei muitas vezes na minha vida, por não ter um projeto. Porque projeto não é um sonho, não é uma vontade, é uma realização! Você está lá correndo atrás da sua meta com um motivo sólido por trás dela.

É engraçado como são as coisas, ao longo da nossa vida a gente ou imita os nossos pais ou procura fazer o oposto, este último principalmente quando foi algo que nos afetou de maneira negativa. E isso nem sempre é bom. Mas as vezes não é o objetivo que foi ruim, mas como ele foi buscado. Fora que depois de uma certa idade, fazer pirraça e brincar de ser "do contra" só vai afetar a gente!! A evolução não está em ser o oposto, mas reconhecer os méritos e mudar a metodologia.

Reconhecer, essa palavra é essencial! Quando as coisas não dão certo não é porque o mundo está contra a gente, é porque a gente fez ou deixou de fazer alguma coisa que resultou nisso. É preciso refletir, avaliar e RECONHECER, ou seja, admitir para si mesmo o que aconteceu, para que isso não se repita. Ignorar para não se sentir mal e/ou por a culpa em alguém ou alguma coisa te isenta de responsabilidade, mas também de mudar e corrigir a atitude.

Enfim...

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Santa chuva

Quem é você pra me chamar aqui se nada aconteceu?
Me diz, foi só amor ou medo de ficar sozinho outra vez?

Cadê aquela outra mulher?
Você me parecia tão bem,
A chuva já passou por aqui, eu mesma que cuidei de secar,



quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Como identificar seus melhores amigos em 10 etapas

(de acordo com a database marcelística de dados concretamente subjetivos, conceituais e empíricos)

1. Divida com eles suas reflexões mais importantes, que ilustrem o cerne de quem você é
2. Tenha essas pessoas na sua vida por pelo menos dois anos
3. Conviva com eles todos os dias em pelo menos uma fase da sua vida
4. Ligue para eles de madrugada, chorando (e viva a situação inversa, sendo compreensivo até que se acalmem)
5. Viaje com eles
6. Passe com eles por uma fase turbulenta na vida deles (e por uma na sua vida)
7. Fique com algum deles
8. Fique com o irmão ou com o ex de algum deles (e viva a situação inversa)
9. Passe com eles por uma situação extrema, que requeira apoio e posicionamento (de sua parte ou da deles)
10. Tenha depressão ou fique ao lado de um deles que tenha


E depois de tudo isso, quem é que sobra? Seus melhores amigos. Parabéns!

terça-feira, 16 de novembro de 2010

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Numerologia

0 homens
1 apostila de revisão
2 semanas pra fuvest
6 "carolinas"
Muitas espinhas na cara
200 adolescentes exalando puberdade e confusão mental ao meu redor
2 dias de TPM

16% de expectativas de mudança.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Mente cheia é casa de bactérias?

Minha mãe acabou de entrar aqui (não, não vou explicar onde é "aqui") com um pote de requeijão aberto. Ela olhou pra bem pra mim e bateu a porta. Enquanto para um leigo isto não faria o menor sentido, eu sei o que significa: deixei o requeijão aberto na pia por mais de cinco minutos, em contato direto com o ar, o que significa contaminação por bactérias.

Segundos antes de ela entrar, eu estava encarando fixamente a parede branca, provavelmente com cara de idiota, pensando em um zilhão de coisas, perdendo meu tempo e não chegando a conclusão alguma. Fora o episódio do requeijão, posso contabilizar mais um monte de ocorrências (realmente importantes) de falta de atenção provocada pela minha cabeça cheia (de merda).

Sinceramente, quero que o requeijão se exploda. Mas devo dizer que voltei a olhar a parede com aqueles olhos de gente louca (crazy eyes) e me perguntei se, toda vez que deixo a tampa da minha mente aberta, ela não se contamina e, consequentemente, se torna uma incubadora de bactérias.

sábado, 30 de outubro de 2010

Vou inchar e vou soprar!!!

Hoje, por algum motivo, eu lembrei daquela história dos 3 porquinhos e o quanto ela tem a ver com o nosso coração. What? Sim. Vamos traçar alguns pararelos, ok?

Imaginem que você é um porquinho (não porque você é gordinha), o seu coração é a casa e os homens são o lobo mau (vamos evitar pensar em fantasias sexuais nesse momento). Aí você está lá, vivendo sua vida com o seu coração de palha quando aparece um lobo mau. A princípio ele nem te atrai, ele é magro ou gordo demais, tem conversas sem sal e as vezes é meio idiota, mas um belo dia ele decide te chamar para sair. Imediatamente você pensa: "Acho que não filho...". Então ele insiste, blablabla, fala que vai pagar e pronto! A solidão está gritando enlouquecida e você aceita. GRANDE ERRO!

A solidão não é exatamente sábia e tanto o seu cérebro como o coração acharam aquele cara "uó". E lá está você, com lápis no olho e o cabelo limpo em um encontro com aquele imbecil tentando ignorar as coisas idiotas que ele fala e faz. E isso se repete até o seu coração amolecer e você começar a curtir o cara. Quando, não tão inesperadamente ele começa "Vou inchar e vou soprar..." e seu coração de palha vai pelos ares, durante o banho e com o shampoo no cabelo (é o mesmo sentimento quando falta luz ou o chuveiro elétrico quebra durante o banho).

Depois disso você reconstrói seu coração com madeira. Corta a árvore, serra, lixa, prega e pinta. Está uma belezinha. E vai fazer suas coisas, quando de repente: Toc! Toc! - Quem é? - Sou eu, o pai dos seus filhos. 
Não vou mentir pra vocês, os genes desses caras não costumam ser uma maravilha, mas de repente a sua solidão decidiu fazer uma aliança com o seu relógio biológico e agora os seus ovários também tem voz. E você se joga. No fim você descobre que como se o lobo mau mentir não fosse ruim o suficiente, você mentia para si mesma porque tinha preguiça de terminar e começar tudo de novo com outra pessoa. E um incêndio, provocado por uma chapinha (talvez literalmente) destrói o seu coração de madeira. 

Por enquanto eu estou reconstruindo meu coração de tijolo, teremos que aguardar os próximos episódios quando aparecer um novo lobo mau.

No vídeo abaixo, prestem muita atenção no minuto 8:04!

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

A metáfora de Aretuza



Hoje, durante o trabalho, recebi no MSN um link para o vômito de Aretuza. Apesar de este ser mais um vídeo maldoso e nojento do You Tube, acho que podemos tirar uma grande lição dele. Adoraria comentar sobre como os amigos dela foram horríveis em postar isso na internet e como foi agoniante vê-la quase vomitando (e vomitando de fato, convenhamos), o que me lembrou muito de minhas próprias sensações pré-vômito. Mas pensei muito em Aretuza ao longo do dia, e a melhor parte dessa reflexão foi um choque: me identifiquei muito com a menina.

Gente, a Aretuza ficou metade do vídeo enjoada, com uma cara péssima, enquanto os amigos riam e se divertiam naquele brinquedo não-identificado. Daí ela ficou vomitando durante um minuto (vai, vamos arredondar), soltou um "Caralho!" (aos 3' 10'') e aproveitou uns 10 segundos de aventura. O vídeo tem 3' 45'' e, em apenas 10 segundos dele, Aretuza foi feliz. Toda gorfada.

Qual é a lição? Supondo que Aretuza segurou o vômito, imaginemos que, numa situção diferente, os restos alimentícios tivessem jorrado logo no começo do vídeo. Ela soltaria o palavrão mais cedo e sorriria por mais tempo. E o gorfo secaria um pouco mais com o vento. E provavelmente o vídeo não teria tanta graça e nem seria divulgado na internet. Aretuza, preocupada demais em não vomitar, além de não ter evitado o episódio lastimável, deixou de se divertir.

A previsão estava certa: o vômito aconteceu. Mas será que Aretuza antecipou aqueles gorfos a jato? E a fama de seu vídeo? Duvido muito. Todas as vezes na minha vida em que acertei o "fim" da história, os detalhes foram tão imprevisíveis que foi como se eu tivesse errado. Enfim, nunca é edificante. Eu deveria ter me gorfado no começo e evitado horas e horas de pré-gorfo e cara de bunda. Ou seja, não sei como terminar esse texto, a não ser clamando "Vomite sem medo e seja feliz!" (superdeselegante, porém sincero).

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

sábado, 23 de outubro de 2010

I can't sleep

Para Paula, que não consegue dormir.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Top 5: Você é oficialmente maluca quando...

1. Você se apaixona desesperadamente por um cara que nem conhece.

2. Uma voz dentro do seu coração te diz que vão ficar juntos.

3. Você vai dormir nervosa, imagina ele te abraçando naquele momento e se acalma.

4. Você tem uma amiga maluca que faz o mesmo com um cara gay.

5. Você decide que a única maneira de superar isso é se flagelando cada vez que lembrar dele, para associa-lo com dor.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Pé na bunda...

... da realidade.

Pior que começar a sair com um cara, se apegar a ele e tomar um belo de um pé na bunda que deixa marcas, é quando a sua maldita consciência lhe dá este pé na bunda. Como assim? Como assim que ontem eu decidi, movida pela minha carência e falta de vida, me apaixonar. E me apaixonei muito e platonicamente, inclusive sonhei com o dito cujo no meu cochilo vespertino. Fiquei boba, imaginei a gente junto, casando, tendo filhos, etc, até que a realidade veio e me deu um pé na bunda. E foi aquela coisa né, ela veio com um papinho de que não era eu, era ela. Falou que precisa focar na carreira e que um dia eu encontraria alguém de verdade que me amasse como sou e não me amasse na minha mente distorcida e maluca.

E cá estou. Sozinha novamente e escutando as músicas tristes de Glee. E quer saber de uma coisa Realidade? Toma essa!! Glee Cast - Don't rain on my parade

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Aceitação

de Cecília Meireles


É mais fácil pousar o ouvido nas nuvens
e sentir passar as estrelas
do que prendê-lo à terra e alcançar o rumor dos teus passos.

É mais fácil, também, debruçar os olhos nos oceanos
e assistir, lá no fundo, ao nascimento mundo das formas,
que desejar que apareças, criando com teu simples gesto
o sinal de uma eterna esperança

Não me interessam mais nem as estrelas, nem as formas do mar,
nem tu.

Desenrolei de dentro do tempo a minha canção:
não tenho inveja às cigarras: também vou morrer de cantar.

Cuiabá é quente, mas é boa!

Gente! Alguém por favor faz uma ponte entre esse cara e o ministério do turismo. Ele está super representando a cidade de Cuiabá e o que ela tem de melhor. Lembram de Alexandre? Agora é só tirar um pouco da vergonha alheia na pós produção do vídeo e encaixar um logo: "Vem pra Cuiabá você também" que fica ótimo.



segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Momento

Silêncio, preciso que façam silêncio.
Vou falar uma coisa bem baixinho e é importante que você ouça. Se não conseguir leia meus lábios.
Não quero repetir.
Silêncio, silêncio.
Vai começar. Vou aumentar o volume.
Desliguem os aparelhos celulares.
Menu. Perfil. Silencioso.
Agora só depois das 23h
Eu me importaria, se isso fosse importante.
Agora é sério, silêncio.

Como não ser abordado na Av. Paulista

1. Ande como se estivesse atrasado para uma entrevista de emprego.

2. Evite fazer contato visual com pessoas que não estiverem no fluxo dos pedestres.

3. Fique atento com os que estiverem parados até te avistarem e andarem na sua direção.

4. Aperte o passo se a pessoa estiver com uma pilha de folhetos, uma bíblia ou uma prancheta na mão.

5. Ande ouvindo música com mp3 ou iPod no último volume. Se ainda conseguir ouvir o que estão dizendo (não é meu caso, mesmo sem fones), finja que não ouviu. Só deus saberá.

6. Finja estar preocupado em achar alguma coisa na bolsa ou na mochila, ou em ler algum folheto do qual você não conseguiu se desvencilhar.

7. Em última instância, quando a pessoa ultrapassar todas as barreiras descritas acima e você não conseguir fugir do contato, dispense quem estiver te abordando como se fosse um entregador de folhetos (o que diversas vezes acontece): levante uma das mãos, diga "Não, obrigado" e erga as sobrancelhas indicando falsa preocupação e um aviso de que qualquer insistência será respondida com alguma grosseria.

8. "Ai, desculpa, estou com muita pressa" e "Putz, eu ando sem dinheiro vivo" sempre funcionam (e no meu caso, são sempre verdadeiros).

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Dia do Nordestino: Tudo sobre minha mãe

Apesar de eu ser uma nordestina aculturada não poderia deixar esse dia passar sem alguns comentários. Na verdade, algumas observações.

O que isso significa?

Para os provenientes de outras regiões do país é um dia para piadas preconceituosas ou discursos piegas sobre o nordestino "romanceado", para não dizer idealizado. Para mim é um pouco da primeira e outro pouco da segunda opção com uma pitada de complexo de "não sei quem eu sou e não sei de onde vim". Por isso vou falar da minha mãe que uma nordestina quase que de verdade.

Minha mãe nasceu em Pernambuco, em uma cidade que vocês nunca ouviram falar, então nem vou dizer. Filha de mãe viúva bitolada em igreja, a mais nova de onze filhos e uma das 3 únicas filhas mulheres, cuja a diferença de idade é de 10 anos entre cada. Analisando a vida da minha mãe a gente pode ver que ela foi criada a partir dos pilares que sustentam a imagem que o resto do país tem do nordestino: catolicismo exacerbado, machismo, homens promíscuos, madrinhas semi-deusas, tias solteironas, ascensão e declínio social e racismo, só faltou a peixeira e a gaita. Mas apesar dessa criação ela nunca acreditou nessas coisas e por isso sempre foi um peixe fora d'agua dentro da própria família. Em 89 foi para o Rio de Janeiro onde se aproximou da família do meu pai que é extrovertida, engraçada e unida. Não se iludam, famílias não são perfeitas, mas teve contato com um tipo de interação famíliar que ela não estava acostumada e isso despertou uma característica muito especial dela: o humor. Durante 30 anos ela foi introvertida e de repente ela começou a expor algo que sempre teve, mas nunca encontrou espaço para se expressar.

Em 97 ela veio para São Paulo, onde pôde retomar o contato com livros, filmes etc, que ficou adormecido na época do Rio, pois as prioridades eram outras. É incrível, mas a minha mãe tem assunto com TODO mundo. E quando eu digo assunto, é assunto mesmo e não só ficar ouvindo o outro e fingindo que isso é uma conversa e soltando um pseudo comentário de vez em quando. Não! Ela tem conteúdo para compartilhar horas com qualquer pessoa. E São Paulo trouxe isso para ela, a auto- estima e também recursos financeiros.

Durante muitos anos e talvez até outro dia, eu não me permitia aceitar São Paulo. Eu sempre me considerei carioca, minha família estava lá, entre outros eventos, mas a minha mãe ficava dizendo: "Paula, a gente é do lugar que foi melhor para a gente". Sem dúvidas São Paulo é esse lugar, especialmente para a minha mãe.

Mas se a minha mãe é de São Paulo, por que nos sonhos ela acorda em Pernambuco?

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Banana split


- Nossa, Paula, tou me sentindo muito culpada.

- Tchela, tem banana. É saudável.

- E mais três bolas de sorvete, calda de chocolate e de caramelho, mais marshmallow e farofa.

- E BANANA!

- Só a banana tem 70 calorias.

- Mas olha, o sorvete de amêndoas é saudável.

- Era amendoIM.

- Ok, o de nozes também.

- Não tinha nozes. As outras duas bolas eram creme e crocante.

- Creme sempre faz bem. E a outra tinha uma crocância saudável. Com um pouco de calda e marshmallow. Saudável.

- E farofa. Você seria uma péssima nutricionista.

Garoto enxaqueca

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Top 5: "Just open the door, and you will see"

Michael Jackson - In the closet

Esse top 5 é para inspirar falsos héteros que são gays mas não se permitem. I heart you!

1. Ser gay lhe permite usar cores que você nunca imaginou que pudessem existir.
2. Você poderá ser estimulado analmente sem fingir que não tem nada acontecendo.
3. Você não vai se sentir culpado em trair seu namorado, uma vez que essa é a natureza do homem e ele é um também.
4. Além de cantar a parte da Rihanna em "Love the way you lie" você também vai poder fazer cara e mexer as mãos como uma diva da música.
5. Vai te encorajar a se aproximar daquele cara que te dá mole mas que não sabe que é gay.


Esse post é dedicado a uma pessoa que vou manter no armário por enquanto.

Obrigado por ter se mandado!!



Obrigado 
Por ter se mandado 
Ter me condenado a tanta liberdade 
Pelas tardes nunca foi tão tarde 
Teus abraços, tuas ameaças 

Obrigado 
Por eu ter te amado 
Com a fidelidade de um bicho adestrado 
Pelas vezes que eu chorei sem vontade 
Pra te impressionar, causar piedade 

Pelos dias de cão, muito obrigado 
Pela frase feita 
Por esculhambar meu coração 
Antiquado e careta 
Me trair, me dar inspiração 
Preu ganhar dinheiro 

Obrigado 
Por ter se mandado 
Ter me acordado pra realidade 
Das pessoas que eu já nem lembrava 
Pareciam todas ter a tua cara 

Obrigado 
Por não ter voltado 
Pra buscar as coisas que se acabaram 
E também por não ter dito obrigado 
Ter levado a ingratidão bem guardada 

Pelos dias de cão, muito obrigado 
Pela frase feita 
Por esculhambar meu coração 
Antiquado e careta 
Me trair, me dar inspiração 
Preu ganhar dinheiro

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Esquentadinha na minha...

Graças à Tchela a lembrança desse vídeo tem animado minhas manhãs. Toda vez que eu lembro me mato de rir. TODA VEZ!!!

Como fazer (mal) um simples trabalho de faculdade em 5 horas



Tarefa: fazer análises críticas de dois textos
Tempo: cinco horas

20h - 21h: demore uma hora pra chegar em casa
21h - 22h30: tenha um colapso nervoso e chore muito
22h30 - 23h: veja sites e vídeos idiotas para se animar
23h - 0h: converse com sua amiga sobre os problemas
0h - 0h20: termine de ver aquele episódio de The New Adventures of Old Christine que ficou pausado quando sua amiga ligou
0h20: hora de começar a fazer o trabalho
0h25: hora de começar a fazer o trabalho
0h30 - 1h: Um texto você já leu. Veja as partes grifadas e escreva o que você lembra de ter pensado sobre isso. Não releia. Parta para o próximo texto, deste você leu apenas 1/3. Introduza o assunto falando sobre a introdução do autor e, como você não leu o resto, insira sua opinião viajada logo em seguida. Folheie as páginas e leia rapidamente alguns parágrafos que começam com "Isto é", "Portanto", "Podemos entender que" etc. Isso não ajudou nada, então continue dando sua opinião. Uma dica: antes de começar a escrever, mude a fonte para Tahoma 12. Assim que você completar uma página, contando com cabeçalho, sinta-se realizado. Pronto, seu trabalho terminou e você pode ir dormir para amanhã continuar sua rotina de merda.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Jesus manero

Duvido isso não te animar.


Vá para jesusmanero.com e seja feliz.

sábado, 25 de setembro de 2010

Conversas antigas

Estava trabalhando ontem à noite, quando achei no Google Docs um arquivo chamado “conversa”. E, é claro, decidi fazer uma pequena pausa pra ver o que era. A conversa entre mim e o meu ex era de cinco dias após nosso término, e mesmo se não tivesse uma data no Docs, a angústia das minhas mensagens já deixaria claro o quão recente tinha sido o fim. Confesso que foi muito triste de se ler. Um misto de vergonha e pena de mim mesma.

Em pouco tempo, tudo daquele momento veio à tona. Como estava o dia, quais eram meus pensamentos na hora, como eu falei dessa conversa depois e provavelmente mostrei pra alguém. Mas não sei quem. A cada coisa que eu dizia no passado, me vinha no presente uma careta ao rosto e aquele pensamento horrível do irremediável “Nããão! Por quêêê? Por que você disse isso?”.

E o que eu mais quis era aparecer lá no dia 30 de junho de 2009, mexer nos meus longos cabelos que hoje não tenho mais, deitar a bochecha no topo minha cabeça e falar para a coitada que digitava: “Não adianta se justificar agora. Não adianta convencê-lo de nada agora. Já foi. Ele não quer ter essa conversa, você percebe? Qualquer gentileza dele neste momento são migalhas que você não quer. Não se humilhe, vai dar tudo certo. Em menos de três meses você não vai querer mais vê-lo pela frente e vai viver um monte de coisas. Esse momento aqui não serve pra nada”.

Mas a gente sabe que isso é uma grande besteira. É claro que serviu pra me fazer quem eu sou hoje e bla bla bla, tudo aquilo que já sabemos. O que me ocorreu agora é que a humilhação do passado é o que torna ainda mais vitoriosa a conquista futura. É a cereja do bolo da superação. E tá ótimo assim.

A mini-craque


Lá estava ela, a cabeçuda. A menos de um metro de mim, vivendo por aí com uma cabeça gigantesca. Digna de um E.T., juro. Não digo isso pela raiva. É a cabeça. Era enorme em cima e fazia uma curva brusca para baixo, onde se encontrava com o pescoço a um tamanho normal.

Olhei muito. Fiquei lá, mirando os raio lasers dos meus olhos naquele crânio bizarro e superdesenvolvido. Que horas ela vai se tocar? Que horas a cabeça dela vai olhar pra trás, notar meu olhar assassino e entender o quanto estava sendo inconveniente? Quando essa cabeça vai explodir? Não é possível que não esteja sentindo todo esse ódio direcionado!

É. Mas não sentiu, não explodiu e não se tocou. Desisti. E a cabeçona ficou lá intacta, enquanto o pagodão alto de seu celular, feito especialmente para irritar os outros, ecoou pelo ônibus todo na sexta-feira mais cansativa de todas.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Falível, transitório, transitivo

Me tiraram a cidade, o sangue, o sotaque.
Lá se foi a identidade,
Vejo de longe a vida que seguiu.
Não estou lá.
Não estou cá.
- Pega o passaporte na gaveta.
A do meio.
Vou guarda-lo na estante.
Qual o ônibus que eu tenho que pegar mesmo?
Vou procurar no google maps.

domingo, 19 de setembro de 2010

Dogs Days Are Over

Hapiness hit me like a bullet in the brain.
Can you hear the horses?
'Cause here they come


Algumas fases negras demoram a passar. Dá trabalho, e negar a merda da situação toda não leva a nada. Tem que batalhar. E, depois, vêm os louros. A paz. E os cavalos. Quanto tempo vai durar essa felicidade? É pra valer mesmo?

Não importa. Ela tá aqui. And the dog days are over.



A apresentação abaixo é a do VMA. Ela tá linda e cantando incrivelmente bem. Obs. Jaret (hot) Leto é quem chama o show dela. Tem como errar?

Vidência


- Você consegue ver coisas nas pessoas só olhando pra elas? Sem usar as cartas ou os búzios?, perguntei à cigana, cartomante, mãe de santo Madalena, do viaduto do chá.
- Sim, claro. Você, por exemplo. Seus olhos. Eles são firmes como o mar.
- O mar é firme?
- O mar é forte. Você tem um fuxico com Iemanjá.
- E nele? O que você vê?, e olhei pra um dos meus poucos e melhores amigos, agachado desconfortavelmente aos meus pés, empunhando um gravador.
- Ele é uma pessoa muito iluminada.

Isso eu já sabia. Então, Madalena pegou as conchinhas com as duas mãos e jogou-as de volta à mesa improvisada de papelão, coberta por um pano branco.

- Ele vai fazer uma viagem pro trabalho e vai ser muito feliz. Ele vai gostar tanto que vai ficar por lá mesmo.

Mais tarde, voltando para o carro, voltei a pensar nisso.

- Então quer dizer que você vai viajar.
- Nossa, vai ser ótimo.
- É, desde que você não pare de responder meus emails, fico feliz por você.

Verdade no cu dos outros é refresco!

Não posto aqui há mil anos!! Confesso que toda vez que eu tento, simplesmente não consigo pensar em nada legal, engraçado e relevante para compartilhar. Talvez porque não esteja acontecendo nada na minha vida. E quando eu digo "nada" quero dizer "nada"! Eu estudo e assisto True Blood. Boooooring! Eu sei...

A realidade é a seguinte: voltei para o cursinho e estou estudando muito para passar em uma boa faculdade de jornalismo. Sim, já tenho 23 anos! Sim, não lembro química! Sim, estou vendo coisas de biologia pela primeira vez! Mas quer saber? Me permito! Me permito devido todos esses clichês que existem por aí de: "a gente só vive essa vida uma vez", "do que adianta ter as coisas hoje e ser infeliz amanhã?", "dinheiro não compra felicidade", etc. Cansei de correr com a minha vida e esquecer quem eu sou para me adequar ao que os outros precisam que eu seja só para que eles se sintam bem com suas vidas miseráveis.

Enfim, eu sinto como se eu tivesse uma dívida comigo mesma. Por não ter me permitido estudar o suficiente para o vestibular em 2006 e por não ter me permitido, nesses quase 4 anos de economia, ser feliz e buscar algo que eu curta e seja boa. Me senti burra muitas vezes, abaixei minha cabeça, ignorei minhas vontades, entre outras coisas, em troca do que? Dois estágios chatos e muitas pessoas que mesmo convivendo comigo durante anos nem me conhecem. Não que a culpa seja delas, como conhecer alguém que não conhece a si mesmo?? Difícil!!

Enfim...

Espero pensar em mais coisas para postar.
Saudades!

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Insistência

- Dá pra ver que derrubei sorvete de chocolate na minha blusa?
- Dá.
- Sério?
- Aham.
- Jura? Esses dois pontinhos? Você percebeu?
- Sim, dá pra ver.
- Que merda. Mas parece que é comida ou só uma sujeirinha qualquer?
- Tchela, você precisa passar uma água nisso.
- Ai, sério?
- Sim.
- Tá. Mas você sabia antes de eu perguntar? Ou você só notou porque eu falei?
- Tchela, vai limpar isso. Sério.

**

- Então, o que você acha? Ele tava dando em cima de mim?
- É, não podemos dizer isso com certeza.
- Sério? Mas e essas vezes que ele veio falar comigo? Ele não sabe que eu sou legal, então não teria outro motivo pra vir falar comigo. Teria?
- Não sei.
- Então, e flertando? Ele tava flertando, né? Com aquilo que ele falou?
- Então... não podemos dizer isso com certeza.
- Por quê?!
- Precisamos ver como a coisa anda daqui pra frente.
- Tá. Mas ele tava demonstrando interesse, né?

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Numerologia

0 homens
112 exercícios de física
0 caronas
5 reais na carteira
8 prêmios para Lady Gaga



17% de chances de inverter a situação.

domingo, 12 de setembro de 2010

Melhor amigo


"Você diria isso a sua melhor amiga?", me perguntou Ms. Angry Cook. "Com certeza não", respondi. E me dei conta de como me trato mal em alguns momentos. Não apenas eu como 90% dos meus conhecidos também têm esse comportamento.

Acontece que, vendo de fora a situação de um querido, conseguimos, com calma, avaliar o cenário e dar uma opinião construtiva. Mesmo se admitirmos a parte negativa, sempre ressaltaremos pelo menos um ponto positivo como oposição, nem que seja apenas a lição por trás da merda. Porque não queremos ver nosso amigo pra baixo, porque sabemos da capacidade dele de reverter a situação, porque sabemos que não é o fim do mundo.

E por que não tentar fazer isso com nós mesmos? Se não nos queremos ver para baixo, sabemos de nosso potencial e da reversibilidade do jogo? Naquele momento da conversa, pratiquei o exercício: fingi ser melhor amiga daquela pessoa que reclamava de si mesma azedamente. E me dei conselhos bem legais. Se posso ser carinhosa e compreensiva com meus amigos, então por que não sê-lo comigo mesma? Por que não ser seu próprio melhor amigo?

sábado, 11 de setembro de 2010

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

O coração fica aflito...bate uma a outra falha

Olho e o escuto, ele canta belos versos com palavras doces. Tocava e fazia de seu instrumento um braço, uma continuação de seu corpo.
Fomos juntos e com mais alguns para uma cerveja para eu poder continuar a apreciar e docilizar a vida por intermédio deste homem.
Chegamos, ele com seu esplendor e eu com meus olhos. Notava-o como se tudo tivesse apagado e só ele transbordando luz.
Enfim ele olha para mim com um rosto tímido, de voz forte e buchechas rubras. Abriu um sorriso do tamanho do deslumbramento que eu estava sentindo por ele. Sempre verdadeiro
Continuamos sós, e ingenuamente acreditei que aquele corpo e voz seriam meus durante alguma noite.
Eis que em seguida, surge uma voz resplandescente, de mulher, segura, avida por reconhecimento.
Ele a olha com a mesma surpresa que um garoto tem ao descobrir no presente o velho brinquedo que já havia desistido de ganhar, mas que por algum milagre aparece na cesta de presentes de seu aniversário.
Ele fascinado por ela, por tudo, pelo seu corpo, sua voz, seu jeito e suas belas mãos.
E eu no canto a observar esse encontro que por crueldade do destino me deixou invisível perante tantas cores, vozes e corpos.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Pipoca de chocolate

- Matheus, me dá mais uma?

- Ah, não, Renata! Vocês duas tão comendo toda a minha pipoca!

E rimos juntas do menino irritado. Eram daquelas pipocas doces prontas da Yoki, que vinham num saquinho como se fossem salgadinho. Acho que isso nem existe mais, o que é uma pena, porque eram muito boas. A do Matheus era de chocolate (a melhor), e ele não queria dividi-la com o resto dos colegas que brincavam com ele debaixo da árvore no Parque Ibirapuera, na excursão da escola.

Ele continuou comendo, ainda franzindo o cenho. O chocolate coloria as pequenas rachaduras que ele sempre tinha na boca. A língua dele também era meio rachada, coisa fácil de notar, porque toda vez que ia chutar forte a bola, ele dobrava e mordia a língua. Na queimada também: eu ficava hipnotizada olhando aquele rolinho rosa claro sendo mordido quando, de repente, recebia uma bolada na perna. “Senta, Marcela, pegou na sua perna que eu vi!”

Um dia, cheguei chorando na escola porque minha mãe havia me massacrado no carro, não sei por quê. Ele veio tentar entender minha tristeza e, de repente, estávamos os dois, de 10 ou 11 anos de idade, conversando sobre as nossas mães. “Quando faço algo certo ou legal, ‘não é mais que minha obrigação’. Mas se saio da linha um tiquinho, nossa, eu sou a pior pessoa do mundo!”, desabafou, para o meu espanto. Ele sabia exatamente como eu me sentia. “Ééééé!”, falei um pouco alto demais, apontando pra ele e arregalando os olhos. Incrível.

E eu ainda estava com vontade da pipoca.

- Matheus, você vai me matar se eu pedir mais uma? É a última, juro!

- Pode pegar – disse, oferecendo tranquilamente o pacote.

- Ei, por que ela pode e eu não? – protestou Renata, enquanto eu sorria com satisfação e colocava uma pipoca de chocolate na boca – É PORQUE VOCÊ GOSTA DELA?

Arregalei os olhos e segurei a respiração. Ele ia acabar comigo. Não acredito que ela perguntou isso! Ai meu deus, ai meu deus!

- E se eu gostar? Qual é o problema? – desafiou.

Engasguei.

- Nenhum, nenhum...

Closure


A gente quer muito muito muito aquele ponto final catártico e cinematográfico, que vai selar a vitória sobre as emoções e sinalizar a época de novos caminhos. É lindo, mas nunca acontece. Não quando queremos.

E daí, um belo dia, quando o ponto final já foi dado há tempos e você nem se deu conta disso, aquela cena bombástica acontece. E já não significa mais grande coisa. Você não precisa mais dela. E o mérito é todinho seu. Enjoy.

domingo, 5 de setembro de 2010

Top 10: Você sabe que não amadureceu quando...

1. Você paga um pauzinho secreto pro Justin Bieber.
2. Você fala "yes" quando acerta um exercício de física.
3. Você se imagina sendo madura e conquistando seu professor.
4. Você pesquisa sobre a vida de um gatinho no orkut e no google.
5. Manda o perfil dele para os amigos gays para saber se ele também é.
6. Imprime o boleto da inscrição da fuvest.
7. Espera sua mãe acordar da soneca de bom humor para avisa-la que gastou o dinheiro dela sem pedir.
8. Faz uma performance da Lady Gaga seguida de Britney Spears no seu quarto de frente para o espelho.
9. O mais próximo de sexo na sua vida é um seriado (True Blood);
10. Escreve um post sobre isso no seu blog para parecer que não se importa em ser uma criança de 23 anos.

Pequenas felicidades

Minha impressora está funcionando.

Intimidade

Numa bela tarde de sábado, estávamos eu e Mr. Whore conversando na sacada da casa dele. Nota: Mr. Whore é homem. E hétero.

Eu: Nossa, essa piscina é demais! Vamos chamar a Paula e fazer uma pool party?

Mr. Whore: Não dá, ela tem tido cólica esses dias.

Eu: Verdade, ela tá menstruada... pera! Como VOCÊ sabe disso?

Mr. Whore: Ela fica reclamando do meu lado o tempo todo de TPM e cólica. Mas eu também preferiria não saber.

Eu: Ok. Vamos tentar marcar isso pra depois da menstruação dela e antes da minha. Quando desce pra você?

sábado, 4 de setembro de 2010

Bloqueio!!!!

Gente!!!

Eu estou muito sem criatividade!!!!

Tenho estudado muito e não sei mais o que postar. Por favor me mandem temas que vocês querem ler!!!!

Bjoooos =*

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Homem-fortaleza

Eu tinha me esquecido. Não sabia bem por quê. Sentia falta daquele abraço com a certeza de que me seria um respiro. E, ainda que o tenha sido, foi uma surpresa. Eu tinha me esquecido completamente de como era.

Quando ele me abraça, é uma torre. Pequenininha, disparo escadaria acima, correndo, correndo, percorrendo os degraus circulares na imensidão azul-escura. De repente, quase no topo, ele me encontra nas escadas. Agachamos de repente, não há tempo a perder. E cochichamos, ofegantes, nossos planos. Bem baixinho para não ecoar.

Depois, com mais calma, subimos os degraus restantes até o topo, onde contemplamos debaixo do céu pontilhado um mar de trigo e de silêncio. A brisa preenche meus pulmões e leva o cherinho de noite a cada célula do meu corpo.

E aí ele me solta. É um homem-fortaleza que tudo pode, mas nem tudo faz, porque nem se deu conta de que pode tudo. Então, me abraça.

O relógio quebrado

da cozinha faz toc toc toc. Toc toc. Toc. Tococococo descompassado.
Ele estáprostestando. o fim
dos tempos...

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Sem-vergonha

“E como foi o seu dia?” era como ele se protegia do silêncio. Este mal ameaçava aparecer e já era preenchido com um sorriso largo e pueril. “Do que você tá rindo?”, perguntava ela toda vez, sem entender. “Sou bobo”, respondeu agora, com voz grossa. E, de repente, eram crianças dando risadinhas envergonhadas.

Estavam as roupas descaradamente jogadas no chão. A coberta, não ousaram nem sequer puxar com os dedos do pé. Restou na morena o moletom velho de gola e mangas cortadas. Numa das pernas, pela metade, a meia-calça cinza. Nas bochechas, o rosado lascivo. Ele vestia apenas pele lisa e rija, que afundava em cada linha de divisão muscular. E o sorriso.

Enquanto conversavam, de pernas entrelaçadas, ela mexia nos cachinhos quase loiros do menino quase homem deitado ao seu lado na cama de solteiro. Os olhos não desgrudavam uns dos outros, mesmo que quisessem descer e tocar os corpos suados.

O sol já havia raiado há tempos e invadia o quarto pela fresta da janela pouco aberta. A claridade inegável não permitia esconderijos. “Mas, de verdade, como você tá?”, perfurou-a com os olhos verdes. “Ah”. Engoliu seco, molhou os olhos, engoliu o choro. O sábado deveria terminar em gozo, não em lágrimas. E assim sucedeu para os dois.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Meu momento

Blog abandonado...

Oie gente!!!
Desculpa pelo abandono, mas é que eu estou mega blaster ocupada. Estudando, estudando e estudando mais um pouco. E estou bem feliz com isso e tentando aproveitar ao máximo esse momento.

Mas vou compartilhar uma paródia de Telephone da Lady Gaga com vocês:




Bjooos Cockies =*

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

- Eu preciso te contar uma coisa,

mas eu não sei como você vai reagir.
- Manda!
- Bom, eu não gostei muito daquela sua amiga.
- Aaaaah! Que susto! Achei que você fosse me contar que estava grávida. Ou que tinha dado o cu.
- HAHAHA!
- Hahahaha! É verdade, foram as duas coisas que pensei imediatamente! "Oh my god, será que ela tá grávida? Não, isso é muito sério. Ah! Ela deu o cu! Será?"
- EU SABIA QUE VOCÊ IA PENSAR NISSO!
- Pra você ver que algumas coisas não mudam...

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Tá ligado, mano? Que da hora.

É sempre engraçado ver as coisas que nos são naturais pelos olhos desacostumados de outro. Achei superdivertido ver algumas de nossas gírias cotidianas explicadas em Total São Paulo - A Guide to the Unexpected:

arrasou: slang used amoung gays to mean "good", usually in response to something to be psyched about. [gíria usada entre gays querendo dizer "que bom", normalmente em resposta a algo com o que se animar]

chapado: wasted, as in from too much alcohol, or being really high on drugs. [intoxicado por muito álcool ou por drogas]

da hora: slang for "cool", "great" [gíria para "legal", "ótimo"]

foda: slang equivalent to "fuck", but depending on the context it could be used in a positive or negative sense. [gíria equivalente a "fuck", mas dependendo do contexto pode ser usada com sentido positivo ou negativo]

grana: slang for money [gíria para dinheiro]

mano: slang for "brother", but only males say this to each other. [gíria para "brother", mas apenas homens dizem isso uns aos outros]

pau: slang for "penis". [gíria para "pênis"]

pegar: see "tá ligado" and "ficar" [veja "tá ligado" e "ficar"]

tá ligado?: "got it?" ["entendeu?"]

fechou: used after something's been agreed upon, such as time to meet. [usado após algo ter sigo acordado, como horário de encontro]

ficar: to hook up with someone. [ficar com alguém. Hahaha!]

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Maturidade,

é ter medo ou coerência?

terça-feira, 27 de julho de 2010

It's never over.

Entrevista da Rihanna com a Diane Sawyer sobre a agressão que ela sofreu:






quinta-feira, 22 de julho de 2010

Escolha sempre a colorida.

Estagnada, sem produção, sem oração e sem coração.
Deitada ao som de algumas palavras de bons e baixos cantores, refleti sobre o que não foi, o que não surgiu, o que não se concretizou,
o que não perdurou, o que falhou, ou entusiasmou, mas não levou.
Choro, compulsivamente, porque, noto, todo um inicio de uma vida que já entortou, encaminhou mancando.
Enxergo duas blusas coloridas, e uma bem escura, esta última se sobrepõe as outras.
Mas escolho, as outras duas e as visto ao mesmo tempo, parecendo-me mais intenso e sonoro. Adequado.
Preciso sair assim, as pessoas ainda exigem de mim um reluzente. sorriso, trejeitos eufóricos, palavras divertidas e brincadeiras.
O que mesmo eu vou fazer com a escura?

terça-feira, 20 de julho de 2010

Numerologia

9 horas sem ligar o computador
20 páginas lidas de um livro
3 voltas no Parque
1 fatia apenas de bolo de chocolate
1 almoço de comida de verdade e não pão
1 fatia de pizza porque ninguém é de ferro.
1 carta do cursinho avisando início das aulas e palestra.
1 episódio no de True Blood


Probabilidade do dia de amanhã ser ainda mais produtivo: 78%.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Já senti saudade...

...but not anymore!


Acho que pela primeira vez em muito tempo eu posso dizer com convicção que não tem nenhuma "saudade" me atormentando. Exceto o saudosismo em relação aos tempos de escola. Mas em relação a tudo que já aconteceu na minha vida e as pessoas que passaram por ela e me machucaram ou que eu machuquei, existe um sentimento pleno de paz. Estou trilhando o meu caminho com algumas pessoas do meu lado, confiando que elas trouxeram suas bússolas, os remédios e a ração humana. Quem não está aqui no grupo é porque não deveria estar mesmo e não me vem a cabeça os "e se", cada um cumpriu o seu papel na história e sou muito grata por isso mas acabou, o enredo é outro e o seu núcleo se desmanchou. 

Parece que os fantasmas foram exorcizados. Às minhas ex melhores amigas: um grande abraço cheio de estima e carinho, não importa o motivo do fim da amizade, falsidade, prostituição, superficialidade, sumiço e afins, não importa! Vocês todas foram extremamente importantes na minha vida, e as amei assim como me amaram, mas todos nós passamos por mudanças constantes e diárias e acabamos ficando muito diferentes para continuarmos o caminho juntas. Está aqui ó, pega esse casaco. Não, tudo bem, eu tenho outro na mala. Você está bem de comida e água? Olha, eu te amo viu. Se cuida. Cuidado onde pisa. Adeus [aceno de mão]. 

Hummmm. Vou virar aqui.

Idem para meus ex namorados, ex amigos de sociedade secreta (gays enrustidos ou não), ex colegas da 6ª série, ex colegas de trabalho, entre outras pessoas que passam pela nossa vida e nos marcam de forma negativa, aquele abraço. Porque o ontem fica cada vez mais no passado e é o amanhã que eu almejo. 

E o meu poema preferido, que está sempre na minha cabeça quando eu preciso de força pra superar.

POEMINHO DO CONTRA

Todos estes que aí estão
Atravancando o meu caminho,
Eles passarão.
Eu passarinho!

Mario Quintana

sábado, 17 de julho de 2010

Conversa com a tia-avó

- Eu acho a Contigo! uma revista muito boa.
- É mesmo? Por quê?
- Você não trabalha lá?
- Não.
- Ah, bem, mas eu gosto da Contigo!. É uma revista muito boa.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Conversa entre mãe e filha

- Você pode me passar o endereço?
- Marcela! Google!
- Nossa, você não ajuda em nada mesmo, né?
- Você é inacreditável!
- Obrigada.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

É só isso

Não tem mais jeito
Acabou, boa sorte

Não tenho o que dizer
São só palavras
E o que eu sinto
Não mudará

Tudo o que quer me dar
É demais
É pesado
Não há paz

Tudo o que quer de mim
Irreais
Expectativas
Desleais

Conversa entre pai e filha

- Quando você era criança, dizia que as pessoas ficavam cada vez mais idiotas ao envelhecerem.
- Hahaha, sério?
- É. Você ainda concorda?
- Sim! É verdade!
- Não é incrível como você era esperta com aquela idade?
- Hahaha! É! Eu me tornei uma idiota!
- Todos nós, eu acho.

terça-feira, 13 de julho de 2010

O bloqueio

consiste em uma parede de tijolos terracota unidos por uma argamassa espessa e indefectível. Estico um pouco a mão e posso tocá-lo. Com um pouco mais de força, áspero, machuca meus dedos. É real.

Nada vejo. No entanto, não tiro a venda preta. Não ouso. Uma leve brisa brinca ignorante no único espaço de travessia. Apertado, rente ao meu encaixe, ele me aguarda.

Sei mais ou menos aonde ir. Eu sei, eu sei. Eu vou. Daqui a pouco. Agora não, preciso pensar. Tudo para não encontrar os tijolos com gosto de derrota. A boca cheia de terra, muita terra, muita terra, difícil de mastigar, de engolir. Não ouso.

Certa vez segui os ventos e me posicionei na brecha, resoluta. Ergui os braços à procura das bordas e não as encontrei. Elas não existem. Senti a ventania sem barreiras. Entendi. Sentei, abracei as pernas e esperei seu retorno. Não ouso.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Cozinhando a relação

Biografia

Tenho lido várias biografias na internet e me deu vontade de ter uma também. Aqui vai.


Paula nasceu em 19 de agosto de 1987, na cidade de Recife - PE. Aos dois anos de idade sua família se mudou para o Rio de Janeiro (Corte), onde ficaria até seus incompletos 10 anos quando se mudou para São Paulo. Desde pequena possuía uma criatividade fora do comum. Seus talentos consistiam em artes plásticas, dança, gastronomia, engenharia e literatura. Organizava festivais de dança onde além de se apresentar com coreografias de sua autoria, recebia os convidados e servia cafés e chás imaginários, em mini xícaras pink, entre uma performance e outra. Aos 7 anos de idade, enquanto trabalhava como secretária para um chefe imaginário, desenvolveu uma máquina cheia de botões que a auxiliava nas atividades da empresa. Essa invenção deixou seu pai tão impressionado que proferiu a seguinte frase "Paula vai ser arquiteta, olha como é criativa". Paula não entendeu muito bem o que aquilo queria dizer, imaginou se teria que ficar desenhando botões em caixas de sapato pelo resto da vida. Outro talento era para o xadrez, era uma excelente jogadora nata, sempre ganhava as partidas que disputava com seu avô. Nata porque suas decisões de jogo eram totalmente instintivas e sempre as levavam para a vitória. Suspeita-se que é um conhecimento que seu espírito armazenou de vidas passadas. Como vocês podem imaginar o mundo não é o lugar ideal para uma criança prodígio e durante a adolescência e começo da vida adulta Paula enfrentou diversos obstáculos para expandir sua arte e se encaixar socialmente. Aqui vão os grandes acontecimentos da vida de Paula:

19 anos - Entra e abandona a faculdade de Ciências Sociais
20 anos - Inicia a faculdade de economia
21 anos - Cria junto com sua melhor amiga o blog Cock and Tales
22 anos - Decide se preparar para uma segunda graduação
23 anos - Surta
24 anos - É acolhida e estudada pelo psiquiatra alemão Dr. Krazynutss, especialista em pessoas que tentam ser felizes sem mentir para si mesmas na sociedade capitalista.
26 anos - Recebe alta e vai morar com freiras lésbicas no convento de Santa Clara Clareou. Trabalha com crianças debilitadas com síndrome de esquecimento constante. Suas atividades consistem em plantar feijões em potes de danone e criar chocalhos com arroz e copo descartável. Todos os dias!
29 anos - Ganha o Prêmio Nobel do meio ambiente pois plantou tantos feijões que salvou o mundo do aquecimento global.
33 anos - Morre virgem, com a mesma idade de Cristo. 5 anos depois é canonizada Santa Paula, padroeira dos feijões molhados em algodão plantados em copos de danone. Crianças de 3 a 6 anos peregrinam nos parquinhos da escola pedindo inconscientemente suas bençãos.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Vulgaridade

"O timbre de sua alma é macio. (...) Xingar, alvoroçar, insultar, fustigar com fúria, isto não é peculiar ao seu talento. Daí você compreenderá o meu conselho de não poupar, na revisão, 'filhos de uma cadela', 'cão' e 'matilha de patifes', que se vislumbram aqui e ali nas páginas de Jizn.'"
Tchékhov aconselhando Gorki em Carta e Literatura, de Sophia Angelides

"Na juventude, a vulgaridade parece apenas divertida e insignificante, mas aos poucos ela cerca a pessoa, e como uma névoa cinzenta impregna seu cérebro e seu sangue, como um veneno ou gás tóxico, e o homem torna-se parecido com uma placa de metal carcomida pela ferrugem (...)"
Máximo Gorki em Três Russos e Como Me Tornei Escritor

*Tirados da Vida Simples

"Ele vai bem escondido, só que todo mundo viu...

Ele entrando na farmácia pra tomar bezetacil."


Dor. Fica a dica!

sábado, 3 de julho de 2010

sexta-feira, 2 de julho de 2010

True Blood Mini Episódios

Estou viciada em True Blood!!

Entre a 2º e a 3ª temporada o criador e roteirista da série Alan Ball (Six Feet Under) lançou mini episódios da série. Não contém spoilers, mas é muito legal que mostra situações rotineiras dos personagens, sabe quando a gente fica pensando "o que eles fazem quando não tem um super drama acontecendo?".

Enfim. Vou colocar aqui os mais engraçados

1º Minisode
Acabei de ver o primeiro e achei super engraçado. São os vampiros e sócios do bar vampiresco Fangtasia, Eric e Pam, fazendo testes para achar uma nova dançarina (ou dançarino) para o bar. Aparece uma galera bem nonsense.



6º Minisode

Jason matou um cara para proteger o detetive Andy. E ele começa a rezar pedindo desculpa e tentando se acalmar, mas ele não sabe pra quem direcionar isso. É muito engraçado algumas pessoas que ele pede.

Jo Calderone

Metáforas diárias: Episódio 2. O Banho

17h41. Estela chegava do trabalho após um dia cheio de “pepinos” e um exaustivo tempo no trânsito. Tirava a chave da porta, colocava sua bolsa na mesinha e os sapatos na lateral do sofá. Seguia direto para cozinha, onde tirava as panelas de comida da geladeira acompanhada de suas bolachas recheadas que seguiam automaticamente para sua boca. Apenas duas ou três. Seguiu para o quarto onde tirou suas roupas e as colocou na cadeira. Avistou um espelhou e parou um instante para se observar. Não estava combinando. A calcinha era do tipo corriqueira e confortável, sem intenção de ser vista. O sutiã era chamativo e esbelto. Aumentava em 1/3 seus seios. Ao removê-lo pode vê-los como realmente eram: medianos, separados e de “personalidade própria”, concluiu. No seu todo viu uma mulher de volumes localizados em partes desproporcionais do seu corpo, detalhes que suas roupas muito bem pensadas não a deixavam perceber. Desmarcara a depilação nos últimos dois sábados, por motivos óbvios. Assim de perto não parecia tão mulher, sua maquiagem estava suada e não havia colocado brincos naquela manhã. 17h57. Precisava tomar banho. Se prometeu, então, acordar cedo todos os dias, freqüentar a academia do prédio e marcar finalmente aquela depilação. Entrou no banheiro e ligou o chuveiro, nesse momento escutou a porta da sala se abrir. Lembrou aliviada que as panelas de comida já estavam fora da geladeira. Tirou a calcinha e entrou no chuveiro.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Metáforas diárias: Episódio 1. Não encontro o meu sapato.

Ao amanhecer, faltando 15 minutos para 7 horas o despertador tocou. Georgiana abriu os olhos como se já previsse esse momento. Estava indiferente em relação ao dia que começava. Após um suspiro se desvencilhou das cobertas, pegou uma presilha e prendeu seu cabelo, já em direção ao banheiro. Urinou o chá de maracujá que tomara antes de dormir. Tomava chá porque tinha medo da insônia, não dormir não é mais uma opção.

Indo para cozinha apagou as luzes da sala que permaneceram acessas durante a noite, sua mãe com medo de uma invasão fazia questão de deixá-las assim para que os ladrões pensem que tem gente acordada e atenta em casa. Preparou seu café e foi para o quarto toma-lo. Vestiu suas calças e o sutiã, abriu o guarda-roupa e se deparou com infinitas blusas, umas não lhes inspiravam, outras te deixavam gorda, algumas já não mais cabiam e sobravam aquelas que estavam muito usadas mas que não foram para o cesto de roupas sujas, evitando assustar sua mãe com muitas roupas para lavar. Optou por uma das que lhe deixavam gorda, com um casaco ninguém iria notar. No coração um desejo profundo de que não faça calor. Terminou seu café.

Faltavam os sapatos, pois a bolsa era a de sempre e já estava pronta. Precisava de um que a fizesse sentir bem, bonito e confortável. Sabia exatamente qual era, porém não o encontrava. A sua frente estavam somente seus preciosos belos sapatos que de tão desconfortáveis requeriam uma imaginação e abstração especial para desvirtuar da dor. Incontestavelmente eram lindos, mesmo que a sua maneira, mas há tempos marcavam os seus pés com calos irreversíveis. Despiu as prateleiras, olhou debaixo das mesas e cadeiras e pelos cantos dos quartos. Não o encontrou. Optou pela segunda opção de sapatos, escovou os dentes e ajeitou o cabelo, se maquiaria no caminho. No hall abrindo a porta viu parado e singelo seu desejado sapato, com um grande alivio o calçou e foi embora. 7h46. Estava atrasada.

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Ai que susto.

Pouco importa, a vida é essa, tá feita, jogada, aí, para todo mundo ver, sem dedos e unhas, palavrões e MUITA cara de sono. Se joga, acabou para você.
Toma, toooma! na cara de preferência, vê, acorda e cai, cai da cama e corre, você já está atrasada.
O tempo é esse e longo, longo caminho a percorrer, já sei, parou, sabia. De você pouco espero, espero nada, nada de nada.
Foda-se

Espera-se

Depois de uma noite em claro, vendo o amanhecer pelas frestas da janela, me perguntei para quê serviria aquele novo dia. Para dormir, é claro. Dormir esperando que ele passe, para a noite viver a vida de dentro do quarto, observando a vida que já foi vivida pelos outros que então pausam. Que tranquilidade sinto em contrapartida do agito lá fora. Não é um protesto, não é um medo, mas, ao invés de dormir à noite sozinha, prefiro dormir com o dia. Tomo um chá para celebrar estes últimos momentos de tranquilidade, os desejo eternamente. Um colete à prova de desilusões, eu diria, é esse de viver à parte.

Ai tio João, tio João

Não me canso desse vídeo. Ele foi o responsável pelo bordão que está no título desse post.

terça-feira, 29 de junho de 2010

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Rosebud - Lenine

Ouvir Rosebud - Lenine

Dolores, dólares...

O verbo saiu com os amigos
pra bater um papo na esquina,
A verba pagava as despesas,
porque ela era tudo o que ele tinha.
O verbo não soube explicar depois,
porque foi que a verba sumiu.
Nos braços de outras palavras
o verbo afogou sua mágoa, e dormiu.

Dolores e dólares.... rosebud

O verbo gastou saliva,
de tanto falar pro nada.
A verba era fria e calada,
mas ele sabia, lhe dava valor.
O verbo tentou se matar em silêncio,
e depois quando a verba chegou,
era tarde demais
o cádaver jazia,
a verba caiu aos seus pés a chorar
lágrimas de hipocrisia.

rosebud, dolores e dolares...

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Top 5: Sutilezas da arte da sedução

Eu queria lembrar um pouco as pessoas sobre algo muito importante quando você está se envolvendo com alguém. A SEDUÇÃO! Tão importante que não é à toa que algumas espécies dançam, brigam, mudam de cor e etc. E a sedução é uma coisa bem sutil que o ato em si deve passar despercebido, a pessoa tem que estar seduzida e não se sentir seduzida. É uma impressão que a pessoa deixa. Aqui vai 5 dicas ótimas:

1. Contar uma história
História? Que história? Bom, quando as pessoas conversam elas se tornam mais íntimas, quando isso acontece a pressão e o nervosismo vai passando, logo as coisas vão fluindo mais naturalmente. Agora, que história? Contar da ex, dos traumas e dos objetivos profissionais fazem parte da pauta de um encontro ("date"), mas a história que estou falando tem que ser algo que para puro entretenimento. Conte uma coisa que já aconteceu com você, que foi engraçada ou misteriosa, não pode ser triste. Não é para contar da vez que você fez mochilão na europa e que foi legal, mas conta que nesse mochilão quando você estava na Itália aconteceu um fato e blablabla. Entretenha a pessoa! Durante a história você pode investir em: tocar na pessoa, ficar mais juntinho dela, contato visual, etc. A atenção da pessoa vai ser toda sua! Bem mais do que quando você estava contando as coisas ridículas que a sua ex lhe fez.

2. Cavalheirismo
Não apareça com rosas no primeiro encontro, porque vai assustar e nem abra a porta do carro porque isso é clichê. Mas, quando planejar o encontro a leve para um lugar legal, não tem que ser caro, mas tem que ser interessante (importante analisar o perfil dela para ver o que é interessante para ela). Tem que ser algo memorável, mesmo que vocês não namorem. Se leva-la para jantar, pergunte o que ela quer, chame sempre o garçom. Se for no cinema, não tente agarra-la para dar uns amassos, escolha um filme bom e que seja legal de VER. Não fale de outras mulheres, nem amigas. Não converse no celular, de preferência não atenda. Se encontrar um conhecido na rua, apresente e não fique batendo papo. Foque nela!


3. Beijo
Não force e não peça. Você tem que criar esses momentos. E tem que ser em ocasiões que ele não seja interrompido. Ou seja, não force o primeiro beijo no carro com o sinal fechado. Por isso que o encontro ideal é aquele divido em duas partes. A antes do beijo e a depois do beijo. Escolha dois lugares para ir. Cinema/ Restaurante e depois um lugar que vocês possam ficar mais próximos um do outro, um barzinho, uma caminhada, sentar em algum lugar (que não tenha risco de assalto). O bom do cinema, ou de uma peça, na primeira parte é que na segunda vocês vão poder conversar sobre isso e não rola aquele tédio de "acabou o assunto" e a tensão de "acho que a gente vai beijar agora, já que acabou o assunto". Se estiver frio você pode abraça-la para aquece-la e se ela não tiver virando na sua direção, de um beijinho no rosto, seja carinhoso e fofo, ela vai ficar mais a vontade para te beijar.

4. Toques
Tem que ter muita calma nessa hora para não parecer um doente. Durante as conversas é legal encostar na pessoa. Porém, algumas pessoas se sentem invadidas em algumas partes. Eu me sinto invadida quando pegam na minha mão, por exemplo. Então tem que ser uma coisa rápida e de acordo com o momento. Geralmente com perguntas dá para encostar na pessoa. Tipo: "Você tá bem?" e aperta a mão, ou braço ou o joelho. Essas 3 partes dá para encostar, não vai aloprar pegando na barriga e na cintura (próximo do momento beijo é ok pegar na cintura). Outras regiões boas são: os ombros, as costas na altura dos ombros, orelha, queixo, cabelo. NO NARIZ NÃO! Enfim, mas se você não tem costume e nem vontade de encostar em algumas partes da pessoa durante a conversa ou até mesmo encostar, não force.

5. Auto estima
Seja seguro com você mesmo. Se ela está saindo com você é porque algo de bom ela viu que você tem. Não tenha medo de falar o que acha, mesmo que role algum estresse. Não mude de opinião sobre algo só para agradar. Não evite assuntos por vergonha, a não ser que eles sejam traumáticos. Se ela começar a folgar com algo que você não gosta, se imponha! Mas sem ser grosso ou mal educado. SEJA HOMEM! Mulheres gostam de caras que se respeitam.