sábado, 25 de setembro de 2010
A mini-craque
Lá estava ela, a cabeçuda. A menos de um metro de mim, vivendo por aí com uma cabeça gigantesca. Digna de um E.T., juro. Não digo isso pela raiva. É a cabeça. Era enorme em cima e fazia uma curva brusca para baixo, onde se encontrava com o pescoço a um tamanho normal.
Olhei muito. Fiquei lá, mirando os raio lasers dos meus olhos naquele crânio bizarro e superdesenvolvido. Que horas ela vai se tocar? Que horas a cabeça dela vai olhar pra trás, notar meu olhar assassino e entender o quanto estava sendo inconveniente? Quando essa cabeça vai explodir? Não é possível que não esteja sentindo todo esse ódio direcionado!
É. Mas não sentiu, não explodiu e não se tocou. Desisti. E a cabeçona ficou lá intacta, enquanto o pagodão alto de seu celular, feito especialmente para irritar os outros, ecoou pelo ônibus todo na sexta-feira mais cansativa de todas.
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