Olho e o escuto, ele canta belos versos com palavras doces. Tocava e fazia de seu instrumento um braço, uma continuação de seu corpo.
Fomos juntos e com mais alguns para uma cerveja para eu poder continuar a apreciar e docilizar a vida por intermédio deste homem.
Chegamos, ele com seu esplendor e eu com meus olhos. Notava-o como se tudo tivesse apagado e só ele transbordando luz.
Enfim ele olha para mim com um rosto tímido, de voz forte e buchechas rubras. Abriu um sorriso do tamanho do deslumbramento que eu estava sentindo por ele. Sempre verdadeiro
Continuamos sós, e ingenuamente acreditei que aquele corpo e voz seriam meus durante alguma noite.
Eis que em seguida, surge uma voz resplandescente, de mulher, segura, avida por reconhecimento.
Ele a olha com a mesma surpresa que um garoto tem ao descobrir no presente o velho brinquedo que já havia desistido de ganhar, mas que por algum milagre aparece na cesta de presentes de seu aniversário.
Ele fascinado por ela, por tudo, pelo seu corpo, sua voz, seu jeito e suas belas mãos.
E eu no canto a observar esse encontro que por crueldade do destino me deixou invisível perante tantas cores, vozes e corpos.
quarta-feira, 8 de setembro de 2010
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