terça-feira, 28 de julho de 2009

Descoberta

Hoje, quando cruzou as pernas dentro do carro, lembrou daquela primeira vez. Devia ter uns 11 anos e estava indo para a festa de um primo. De vestido azul, colado no corpo rechonchudo, meia de seda e botinhas, entrou no carro apertado de familiares. Foi então que, para caber no pequeno espaço designado, cruzou as pernas.

Mas ela deve ter entrelaçado de alguma forma diferente das outras vezes, com outra intensidade ou força, pois de repente sentiu uma pontinha de felicidade. Uma sensação gostosa. Olha, vamos para a festa! Uma animaçãozinha sem sentido, que por algum motivo estava entre suas coxas.

E se ajeitou. Opa, veio de novo, e ainda subiu um pouquinho mais. Inclinou o tronco um pouco pra frente, apertou mais um pouquinho... mmmm. Que coisa estranha, o que será?

Só que aí chegaram na festa.

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