quarta-feira, 29 de julho de 2009

Ótica crítica

Sabe o que eu acho pesado em crônicas, contos, poemas e afins relacionados a dor de amor? A falta de ótica crítica que eles contêm. Por exemplo, você levou um pé na bunda e lembra dos ótimos momentos que tiveram, como se eles tivessem sido plenamente ótimos, e aí fica mais ou menos assim:

"Naquele momento tudo parecia o suficiente, tinhamos um ao outro e a brisa que batia em nossos rostos, que brilhavam de puro amor."

Com ótica crítica:

"Naquele momento, não tínhamos dinheiro para ir ao cinema, porque você não trabalha, mas tinhamos um ao outro e aquela brisa, que apesar de gostosa ao bater em nossos rostos, frizava e embaraçava meus cabelos. Nossos rostos brilhavam de oleosedade. Sua cara tem espinhas."

Outro exemplo:

"Nossos corpos criavam fusão em uma bela sintonia. Nossas mãos deslizavam um pelo outro buscando sanar nossa inquietude"

Com ótica crítica:

"Nossos corpos criavam fusão em uma bela sintonia, após anos te ensinando o que me faz sentir prazer. Nossas mãos deslizavam um pelo outro, sentindo nossas imperfeições cuja as minhas me deixavam insegura e as suas me davam nojo e eu me perguntava por que não namorei um cara mais gostoso que você, enquanto isso só desejava que aquele momento acabasse para assistir a 2ª temporada de E.R. com o George Clooney."


É isso pessoal! SEJAM SINCEROS, SEMPRE!!!

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