Numa das minhas coincidências felizes, me deparei com dois amigos que passam pela mesma situação que, pouco tempo atrás, eu também passava sem saber. Como dito sabiamente em “Under Pressure” (ui, não me canso), “love dares you to change our way of caring about ourselves”. Hoje, percebo o quanto me anulei e me acomodei nas minhas relações, como se elas realmente fossem um empecilho nas minhas buscas pessoais. Não, a culpa é nossa. Agora, mais que nunca, me reprimi como se isso fosse necessário para a sobrevivência do namoro, como se querer mais fosse errado. E não é do outro, não pode ser só do outro, é o querer mais de nós mesmos.
Em outro post provavelmente vou falar mais sobre isso, mas eu tenho uma coisa muito forte dentro de mim que sempre pede mais, que sempre quer mais. Quero tudo e quero agora. Ninguém me impediu de ir atrás disso... então por que não fui? Por que vocês não estão indo? “Ah, não tou nessa sua vibe louca de sair...” Porra, desde quando sair significa ver quem você quer e fazer o que você quer, e ficar em casa significa namorar? “A questão é que ela quer sair e ver pessoas que eu não quero. Se eu não for, não vou ver ela” Hello? Veja-a outro dia! Fiquem sós, façam um programa romântico (tenho vááárias idéias) e depois saiam cada um pro seu canto.
O fulano não tem vontade de sair pra tal tipo de lugar? Ele é meio anti-social e fica nervoso de conhecer seus amigos? Vá sem ele! E deixe-o ir fazer as mesmas coisas dele, ver as mesmas pessoas dele. É isso. Será bom pros dois. Trust me. Nem sempre o que julgamos melhor pra nós e pro outro o é. Pra mim, sair, conhecer pessoas, lugares novos e viver coisas novas é algo que grita do meu âmago. Pro outro, não. Então por que exigir isso dele? Ou querer isso pra ele? Pode ser bonito querer e desejar o melhor pros outros, mas nem sempre é o que cabe na vida deles naquele momento.
A gente se acomoda tanto, pensamos “poxa, mas eu estou tão a fim de ficar com ele... não queria ter que escolher entre ficarmos juntinhos brincando na cama e eu ir sozinha nesse churrasco”. Mas é a vida, uma hora temos que abrir mão de coisas gostosas do relacionamento para viver outras coisas gostosas com os amigos. Se não fizermos isso, persistiremos guardando essa mágoa de nossas próprias escolhas e as transportaremos para o outro. “Ah, não posso ir no churrasco, senão ele vai chiar.” Bullshit.
Acreditem em mim, pode parecer difícil enfrentar essas questões enquanto está tudo up and running e estamos bem. Mas, na boa, a vida puxa nosso tapete de repente. Vale a pena dar uma dinamizada agora para não sofrer um chacoalhão inesperado depois.
Vai Lenine, help us out:
sábado, 25 de julho de 2009
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Lembra do "Ou isto ou aquilo", da Clarice?
ResponderExcluirEntão...isto E aquilo...dá prá ser assim!!
Obrigada...
ih, acho que é da cecília...
ResponderExcluirmas sei sim. e é isso que eu quero mesmo: isto E aquilo. se nao achei q pudesse ter e nao fui atras... azar, sabe? nao farei mais isso.
beijo